segunda-feira, 4 de abril de 2011

Conversão

Acho testemunhos pessoais sempre comoventes. Cada um a seu modo.

Há elementos na subjetividade – de conversões, “desconversões” e demais experiências – que de fato só a pessoa que passou por aquilo pode versar sobre a persuasão de tais elementos. (muito embora não ultrapassando um nível subjetivo)

Mesmo assim, a experiência não garante a racionalidade do discurso, menos ainda a persuasão.
E se até pontos objetivos não são capazes de garantir a adesão/convencimento ou determinado comportamento de outros, é muita inocência e presunção (para não dizer estupidez) achar que pontos subjetivos garantirão a adesão ou determinado comportamento de outros. (a menos que os outros estejam no mesmo grau de [in]capacidade crítica)

Gostaria que dessem uma olhada no print a seguir:


(clique para ampliar)

Vejamos a sequência da narração:
1 fulano tinha uma fé inquestionável
2 fulano virou ateu
3 fulano não vai abraçar a fé inquestionável novamente

Agora eu pergunto: como fulano (inicialmente crente) fez para virar ateu sem questionar a “fé inquestionável”?
Amnésia? Ou o fulano é um ateu que conserva a fé inquestionável de seus tempos de ‘crente’?

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Não são incríveis as metamorfoses que vemos em nossos dias?!
E que conste que essa é a “razão” que o ateu Robson Fernando de Souza não quer deixar de lado.
Uma pena...

Vi aqui.
(atualizado 04/04/2012 post aqui)
==
Senhoras e senhores, atentos ao jargão “fé inquestionável”.
Não há nada verdadeiramente inquestionável, independentemente da crença.


6 comentários:

Déia disse...

Vc nao entendeu a expressão 'fé inquestionável'.
Significa que ela não pode ser questionada, as autoridades não permitem.
Qualquer ateu sabe disso.

Yuri S. C. disse...

O autor não esclarece o que quer dizer com “fé inquestionável.”
Claro que muitos ateus estão sempre aptos a falar e dar garantias das intenções de terceiros – o que não é o meu caso já que não sou ateu – e talvez por isso você saiba o que o autor quis dizer.
Fato certo, objetivo e inegável é que o Robson escreveu algo irracional, ou no mínimo, de forma irracional.

Helena disse...

Eu vi o print de forma diferente... Entendi o fulano como sendo ateu desde sempre. Não há referência a ele não ter sido ateu em algum momento da vida. E, na frase dos cristãos, em "voltar a crer" e tal, é porque existem alguns que realmente acham isso. Não sei, eu nunca acreditei em Deus e já me disseram que preciso "voltar a crer", devido a uma certa crença das pessoas que me falaram isso.

Espero ter me explicado bem.

Yuri S. C. disse...

Aline,
não sei o que fiz para merecer, pela primeira vez, alguém que comentasse sensatamente em defesa da pérola.

Muitíssimo obrigado por seu comentário. Posteriormente analisarei melhor o meu post, o print e seu comentário, e dependendo do resultado retiro ele da infame categoria "tragicômico".

Att,
Yuri

Yuri S. C. disse...

Ops, é Alice, e não Aline.

Yuri S. C. disse...

Alice,
Um tanto tarde, eu sei, mas comento sua questão.
O que está escrito no print eu não mudei e nem tenho como mudar, todos os prints aqui são fidedignos.
Não está claro, em momento algum, se o autor já teve a crença ou não.
Isso nem é objeto de discussão ao longo do artigo (que contém outras pérolas latentes).
Aliás, eu arriscaria a dizer que sua interpretação é muito inviesada, e digo os motivos:
1-o autor cita no título do post a palavra "reconversão". Ora, se é reconversão, é evidente que está voltando a um estado já vivido anteriormente.
2-o print é muito claro: "num belo dia [ateus] vão deixar a razão [sic, Robson preconceituoso] e a abraçar a fé inquestionavel NOVAMENTE".
Isso reafirma exatamente o contrário daquilo que você entendeu.

A questão de ser sempre ateu, é uma questão que não está posta no texto do Robson MUITO MENOS no print.
Essa informação não existe no texto.
Sua leitura, sem dúvida, está muito enviesada.